As razões de existência deste site e da defesa da tourada extrapolam os limites das análises do mero espetáculo.
Enumeremos as justificativas:
1) Defesa do mundo Ibérico. Muito da Espanha católica é a tourada e a tourada é um símbolo da Espanha católica. Ao defendermos a tauromaquia, estaremos defendendo o mundo ibérico católico cuja história é tão deturpada quanto a estupidez dos que sustentam que a Ibéria seria uma inópia.
Por isso, intercalamos textos de história com os de touradas. E o que vale para a Espanha vale para o augusto Portugal do qual somos herdeiros.
2) Combate ao sentimentalismo em relação aos animais. O mundo de “Walt Disney” e dos “defensores de animais” é efeminado, afetado e errado. Cuida-se de dar o valor correto dos animais, que é a sua sujeição completa ao homem.
3) Paidéia. Segundo os gregos, tudo forma ou deforma o homem. A tourada forma os homens em uma mentalidade de sacrifício, de luta, de ordenação do inferior ao superior, de sujeição da carne ao espírito.
4) Combate ao mundo. Assim, como o vinho, a Igreja e o gótico, a tourada é oposta per diametrum ao século irracional no qual vivemos.
5) A bela arte em si mesma. A tourada é uma arte nobilíssima e vetusta, que evoca e harmoniza com o gótico e com o barroco colonial. Anos-luz da arte moderna e do “rock”
Defendemos a tourada em nome próprio, não temos vergonha nem medo do que anunciamos como belo.
É uma luta?
É uma luta.
A vida é uma luta. E a vida é como uma tourada.
O mundo é o touro e a capa a nos proteger é Nossa Senhora. Os passes são como os argumentos certeiros, a defesa da fé e as boas obras. As quedas na arena são como nossos vícios ou as vicissitudes da existência.
As vitórias não são nossas, são de Cristo e Ele ditará o desfecho.
Assim como os toureiros recebem o touro na “puerta gayola” de joelhos, nós estamos genuflexos nesta tarefa.
Humildes.
Como “El poeta”:
Venga!
Marcelo Andrade
20 de janeiro de 2014